TENDÊNCIAS

Moda é a tendência de consumo da atualidade. É composta de diversos estilos, e nos remete a um mundo único, muitas vezes seguindo um contexto de mudanças. Ela reflete a evolução do comportamento, em uma linguagem não verbal, com um significado diferenciado.

ATITUDE

ATITUDE

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pedro Almodóvar


Pedro Almodóvar Caballero (Calzada de Calatrava, 24 de setembro de 1949) é um cineasta, ator e argumentista espanhol.Que modificou a forma de fazer cinema e de ver o mundo contemporâneo, com um toque clássico e poético, mas com uma linguagem panorâmica e diferenciada, conquistou o mundo do cinema.
Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal, fez banda desenhada, ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, da qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor diretor. Homossexual assumido, seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira sublime.
Seu ano de nascimento é incerto, sendo por vezes divulgado como 1949[1] e outras vezes como 1951. A página oficial do cineasta, no entanto, afirma que nasceu na década de 1950.

Texto: Roni Teodoro G.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Luiz Ruffato


Perguntaram-me quem é Luiz Ruffato, respondi é um grande escritor em minha opinião, com  uma .linguagem ampla e diversificada, que contagia e e prende nossas mentes em suas palavras hipnóticas, sinceramente sou suspeito de falar sobre ele, pois sou seu fã e admiro o seu trabalho.
Luiz Ruffato   (Cataguases, fevereiro de 1961) é um escritor brasileiro. Formado em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, exerceu jornalismo em São Paulo. Publicou Histórias de Remorsos e Rancores (1998) e Os sobreviventes em 2000, ambos coletâneas de contos. Ganhou os prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional com o romance Eles Eram Muitos Cavalos, de 2001. Este livro foi publicado também em:
  • Itália (Milão, Bevino Editore, 2003),
  • França (Paris, Métailié, 2005),
  • Portugal (Espinho, Quadrante, 2006).
Em 2002, publicou As máscaras singulares (poemas) e Os Ases de Cataguases, contribuição para a história dos primórdios do Modernismo (ensaio).
Em 2005, iniciou a série Inferno provisório, projetada para cinco volumes, com os livros Mamma, son tanto felice e O mundo inimigo. Destes seguiram-se Vista parcial da noite e O livro das impossibilidades.
Esses romances foram premiados pela APCA como melhor ficção de 2005.

Charlie Chaplin


Por que falar de Charlie Chaplin, por muitos motivos, foi um artista visionário, um criador cheio de idéias que mudaram a forma do homem ver o mundo Sir Charles Spencer Chaplin Jr., KBE (Londres, 16 de Abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey, 25 de Dezembro de 1977), mais conhecido como Charlie Chaplin, foi um actor, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema dos Estados Unidos.
Além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente compôs a trilha sonora de seus próprios filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo. Chaplin foi fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem ele dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin co-fundou a United Artists em 1919.
Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."
Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
Seu principal e mais conhecido personagem é conhecido como Charlot, na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, e como Carlitos ou também "O Vagabundo" (The Tramp) no Brasil, um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.
Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel jk Reshevsky.

Texto: Roni Teodoro G.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Projeto Vale-Cultura


Projeto do Vale-Cultura vai se traduzir em R$ 50 por mês para a aquisição de produtos e serviços

Universidade Federal de Goiás divulga detalhes do Festival Perro Loco - Confira a sinopse e filmes selecionados para a Mostra Competitiva

Edital Cine Mais Cultura de 6 cidades está aberto - Inscrições até 16 de agosto

Edital de Publicação sobre Arte Brasileira Contemporânea - Inscrições até 30 de agosto

Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural - Edital nº 1/2010 - Para viagens em novembro, inscrições até 31 de agosto

Edital de Mapeamento, Documentação, Apoio e Fomento ao Patrimônio Cultural Imaterial - Inscrições até 13 de setembro

Volvo patrocina projetos esportivos e culturais - Inscrições vão até o dia 16 de novembro de cada ano

Rumos Itaú Cultural prorroga inscrições até o dia 13 de agosto

Mais notícias...Vale-Cultura

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ou você ou a cobaia



 ´Corre o mundo uma campanha em defesa dos direitos dos animais, pregando o fim do seu uso em teste de laboratório.  A imagem de que se quer passar é de que os cientistas são tem a necessidade de usar os animais, em prol do progresso da ciência. Há que descreve os centros de pesquisas como campo de concentração repleto de instrumentos de tortura para animais. Pasteur inoculou a saliva de um cão com vírus da raiva no cérebro de outro cão, sadio, e verificou que ele contraiu a doença. (...) Ele também usou coelhos em seu experimento e transmitiu a infecção, sucessivamente de um coelho para outro, 25 vezes-até que o agente da raiva no cérebro da ultimo desses animais se tornasse incapaz de transmitir a doença. Enfim, não é aceitável que usemos animais para o beneficio humano. Não é aceitável ver o homem matar e expor estes seres indefesos, é uma arrogância do homem moderno colocar-se ao centro do universo. Não é humanismo, apenas consciência de que outros seres também sofrem sente dor e fome e apenas querem viver. `   


Texto: Roni Teodoro G. 

A construção da convivência

´O estado democrático de direito, essa engenhosa invenção política e social que garante a civilização mesmo em situação e de conflito e confronto é a planta frágil. Não basta que ele esteja inscrito nas constituições ou que ele esteja professado nos programas do partido políticos. È preciso que a pratica cotidiana dos governos, das organizações sociais e dos cidadãos ajude a formar uma barreira que impeça que essa fragilidade seja vencida pela violência. Fatos recentes, especialmente em nosso estado, mostram que não está havendo este cuidado. Uma serie de acontecimento atestam que a tolerância com a irregularidade e a violência. O conflito, que é essencial para o crescimento e o progresso das sociedades, precisa ser contido dentro de limites aceitáveis sob pena de ser transformado em um elemento patológico de perturbação social. Cabe ao poder publico, por delegação constitucional, exercer uma mediação produtiva, usando para isto dos instrumentos normais que o estado de direito concede aos governos constituídos. Abrir mão desta função será abdicar da função de governar para todos.`


Texto: Roni Teodoro G.

sábado, 7 de agosto de 2010

A Moda que Renasce



Uma mulher ultra-feminina tomou as passarelas, um jeito diva, com clara inspiração nos anos 40, trouxe cinturas marcadas, saias ajustadas, decotes e brilhos. O ano 80 renasce: ombros estruturados, casaquinhos, o retorno triunfal do xadrez e vez ou outra, um resgate punk. Para enfrentar o frio, lã e muito tricô, veludo e couro.

Semana de Moda de Milão 2011


A Semana de Moda de Milão já teve seu line-up divulgado para o desfile Verão 2011!. Entre os dias 22 e 28 de setembro, as principais grifes mostrarão sua coleção de verão. Confira abaixo a programação:

22/09 - QUARTA
9:30 - Angelo Marani
10:30 - Luciano Soprani
11:30 - New Upcoming Designers
12:30 - Roccobarocco
14:00 - Gucci
15:00 - Gucci
16:00 - John Richmond
17:00 - Alberta Ferretti
18:00 - Number 21
19:00 - Francesco Scognamiglio

23/09 - QUINTA
9:30 - Sportmax
10:30 - Frankie Morello
11:30 - Fendi
12:30 - Ermanno Scervino
14:00 - D&G
15:00 - Haute
16:00 - Krizia
17:00 - Luisa Beccaria
18:00 - Prada
18:00 - Daniela Gregis
19:00 - Jo No Fui
20:00 - Massimo Rebecchi

24/09 - SEXTA
9:30 - Moschino
10:30 - Gaetano Navarra
11:30 - Antonio Marras
12:30 - Etro
14:00 - Blugirl
15:00 - Gianfranco Ferre
16:00 - Gianfranco Ferre
17:00 - Versace
18:00 - Versace
19:00 - Gabriele Colangelo
20:00 - Cnc Costume National

25/09 - SÁBADO
9:30 - Bottega Veneta
10:30 - Emporio Armani
11:30 - Emporio Armani
12:30 - Max Mara
14:00 - Blumarine
15:00 - Jil Sander
16:00 - Jil Sander
17:00 - Just Cavalli
18:00 - Albino
19:00 - Emilio Pucci
20:00 - Roberto Musso

26/09 - DOMINGO
9:30 - Marni
10:30 - Marni
11:30 - Byblos
12:30 - Brioni
14:00 - Dolce & Gabbana
15:00 - Marco De Vincenzo
16:00 - Missoni
17:00 - Salvatore Ferragamo
18:00 - Maurizio Pecoraro
19:00 - Aquilano.Rimondi
20:00 - Ter Et Bantine

27/09 - SEGUNDA
9:30 - Dsquared2
10:30 - Les Copains
11:30 - Roberto Cavalli
12:30 - Laura Biagiotti
14:00 - Iceberg
15:00 - Giorgio Armani
16:00 - Giorgio Armani
17:00 - Versus
18:00 - Anteprima
19:00 - Silvio Betterelli
20:00 - Sergio Zambon

28/09 - TERÇA
9:30 - Aigner
10:30 - Enrico Coveri
11:30 - Paola Frani
12:30 - 1st Classe - Alviero Martini

Texto: Roni Teodoro

Laranja Mecânica


Laranja Mecânica-Stanley Kubrick´s
Ambientado numInglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alex DeLarge, cujos gostos variam demusica clássica(beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como "druguis" (palavra originária do russo druk, amigo). Alex narra a maioria do film em "Nadsat", um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é homem, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar da escola.
Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin' in the Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.
Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.
Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego, de forma temporária, na cena do crime. Essa cegueira permitirá sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex é um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.
Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele é liberado na condição de se submeter ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade. O tratamento consiste em ser exposto a formas extremas de violência sob a influência de um novo soro, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.
O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.
Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram sua casa a um hóspede, entregado seu som e tesouros, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex desanimadamente perambula por Londres. Ele encontra a velhas vítimas e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que lhe golpeiam e quase afogam.
Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.
Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe. O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido. Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: "Definitivamente, estava curado" enquanto se vê uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.

Um clichê Chamado Lady Gaga

Lady Gaga não passa de um Frankenstein, um clichê moderno,proporcionado por uma mistura de Cindy Lauper com Madonna e Dark Veigan. E ainda tentam empurrar esta salada, nos fazendo consumir informações da qual sabemos que não tem propósito. E ainda pensam que somos leigos e tentam passar a idéia de que isto é novo. O que me deixa feliz é saber que todos amanhã irão acordar, e se perguntar, quem é Lady Gaga.

Festival Ver e Fazer Filmes

A abertura Oficial do Festival Ver e Fazer Filmes-Segunda Edição Cineport, aconteceu nesta sexta-feira 6 de agosto, no Centro Cultural Humberto Mauro.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

e-comlab.cataguases

ECOMLABé um projeto de produção e distribuição de conteúdos livres e colaborativos na web a partir da lógica que organiza os ecossistemas na natureza. O canal ECOMLAB. CATAGUASES é um projeto interativo e cooperativo de comuniucação voltado para a cobertura do Festival Ver e Fazer Filmes .... Aqui você vai poder ficar ligado nos bastidores, na produção e nas "equipas" que estão fazendo os filmes e colaborando no festival.

ecomlab.ctaguses

Contos de Luiz Ruffato

Luiz Ruffato (Cataguases, fevereiro de 1961) é um escritor brasileiro. Formado em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, exerceu jornalismo em São Paulo. Publicou Histórias de Remorsos e Rancores (1998) e Os sobreviventes em 2000, ambos coletâneas de contos. Ganhou os prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional com o romance Eles Eram Muitos Cavalos, de 2001.


Conto:

Estação das águas
Do Livro “Vista parcial da noite” de Luiz Ruffato
Estropiados, os pés afundam na areia podre do braço-do-rio. O silêncio
de fim-de-tarde de dezembro só o corrói o revolteio da passarinhama em seus
curtos vôos pelas grimpas das árvores e o chuá-chuá das águas embrutecidas
que carreiam tumultuosas galhos e troncos. Ao longe, ê-ê-ê da molecada
jogando pelada, cicio das mulheres recolhendo roupa do quarador, ííin-nhô! de
uma mãe conclamando o filho, vrum de um carro, risos abafados... De coque,
Caburé cafunga, doloridos lanhos nas costas, braços, pernas, rosto, que o pai,
quando zunia a tala-de-couro, nem de desguiar a mão cuidava, acertasse onde,
contrariando a dona Fatinha que, antepondo-se, objetava, “Zé, você ainda
aleija esse menino...” Não que renunciasse a bater, tinha nervos, mas sua
cartilha graduava beliscão, puxão-de-orelha, lambada de vara-de-marmelo na
bunda e, nas gravidades, coça de corrião, pois reconhecia em Isidoro
merecedor, mas nunca chutes, pescoções, murros – tapa na cara então, nem
pensar, “fustiga a vergonha do outro”. Rueiro, o zureta escapava, concubino
da arte, esbranquecendo os cabelos da mãe, enjerizando o pai. Com os
“desencaminhados” do Beco enfrentou os metidos da Vila Teresa de Baixo,
numa guerra de atiradeiras, paus, pedras, porrada – deram parte na polícia, por
alguns tempos baixaram o facho. Negociou o saquinho de bilosca, o finco do
pisse-pisse e o pião, criancices, para adquirir do Gildo, de segunda-mão, um
jogo-de-botão do Vasco – Andrada, Fidélis, Brito, Renê, Eberval, Alcir,
Buglê, Luiz Carlos, Nei, Valfrido, Acelino. Entreteve-se. Mas logo em-bando
invadia a Chácara para jogar bola, brincar de pique e roubar jambo, fruta-pão,
abacate, carambola, jaca, pitanga, manga – impaciente, o Amâncio avisava,
“Da próxima vez...”. Interesseiro, recolhia chumbo e cobre e bronze e garrafas
e papel para o ferro-velho e os caraminguás tornavam fichas de totó e sinuca –
e no botequim do Zé Pinto emaranhava-se no tempo. Tomou pau na quinta
série e, arrependido, jurou-de-pés-juntos aprumar; domingo à tarde, antes da
matinê, exibia para troca, à porta do Cine Edgard, Cheyenne, Gunsmoke,
Comanche, Tex, Cavaleiro Negro, Flecha Ligeira, Coyote, Zorro, Durango
Kid, que só o faroeste agora lhe cativava. Mas, devasso, levou uma surra do
dono de uma égua, que barrancava nos pastos do Beira-Rio; outra, do pai,
flagrado fazendo bobagem com o Lucas da dona Eucy. “Meu Deus, onde foi
que eu errei?, onde, meu Deus?”, dona Fatinha se desesperava, lastimando
arqueada em alinhavos e arremates, medições e provas, o ta-ta-tá da máquinade-
costura que o embala, que o desperta. O remorso devorava-lhe o fígado,
não pretendia magoá-la jeito-maneira, queria-se bom, comportado, obediente,
para que se orgulhasse dele, como da irmã, e determinava-se, daqui pra
frente!, mas um assobio convocava-o, distraindo-o, um pé-de-vento sob a
janela instilava a curiosidade, “Vamos, Caburé!”, e a promessa murchava,
empurrando-o ao encalço do chamado da rua, livre, selvático, para devolvê-lo
entardecido, cabisbaixo, ao jugo daquele olhar desensofrido, fita-métrica
pendurada do pescoço, exausta carretilha na mão, “Ô meu filho, te procurei
por tudo quanto é canto...”. Derrotado, admitia-se mau, indigno, desprezível,
“Preocupa não, mãe, já comi na casa da dona Marta”, mentia, para rolar pela
noite o estômago vazio, intentando expiar a desgraça que o oprimia, e
martirizava-se recordando o dia em que ela amarrou-lhe um pano embebido
em álcool no pescoço para curar a tosse-de-cachorro e juntos percorreram as
horas, a mãe a moldar panos, ele a imaginar-se herói mascarado do Velho
Oeste; ou as madrugadas em-claro em que velava sua febre de-variação; ou
quando, paciente, arrancava um a um, agulha esterilizada nas brasas do fogãode-
lenha, bichos-de-pé e estrepes de seus pés escalavrados – e então cogitava
freqüentar missa aos domingos e abdicar para sempre de algo que apreciasse
muito, mariola, calango, brovidade, mas longos e enfadonhos eram os sermões
e, esganado, zonzeava só de pensar no jejum... Castigava-se, no entanto:
varava manco a cidade ponta-a-ponta, o quichute estrangulando os dedos
destroncados, suando suas imundícies todas. Mas no intervalo da aula mãoem-
mão surgia uma revistinha-sueca, na saída um atrevido afrontava-o, no
retorno para casa deparava o pai ridiculamente bêbado no botequim do
Gérson, na boca da Ponte Nova – e sucumbia às tentações. Por mor dos
pecados, desejava, do fundo do coração, que aquela “íngua”, como dizia às
vezes nervosa a mãe, morresse, e só de essa idéia relar seu pensamento
antevia-se condenado à eternidade do inferno, em-valendo os ensinamentos do
catecismo da dona Iolanda – “Quinto mandamento: Honrar pai e mãe; sexto
mandamento: Não matarás, sétimo man”. Como, porém, camuflar o ódio que
peçonhava seu sangue? Como ocultar as manchas roxas, ervas-daninhas
semeadas por mãos que indistinguiam bicho e gente? Como respeitá-lo,
descendo trôpego o Beco, chegando carregado da Rua a desoras? Como, se
por-tudo-por-nada estranhava-se com a mãe, envergonhando-a na frente das
freguesas com sua ignorância, sua estupidez, sua valentia? Fugir, talvez, quem
sabe, a solução – e assentou o azul da manhã no fundo do embornal, pão-commanteiga,
biscoito-de-maisena, vidro de água, e galgou discreto as escadas do
Beco, resoluto, a garganta latejando uma antecipada saudade. Sentiria a
ausência da turma – Vicente Cambota, Gilmar, Gildo, Luzimar, Jorge Pelado
–, até a reclamona da Teresinha faria falta, mas necessário escapar, não mais
suportava afligir a mãe com a sempre incapacidade de se desviar do mal e
ouvir suas queixas, “Ah, Isidoro, não sei quem você puxou!”, “Ah, Isidoro,
você ainda me mata de tristeza!”, “Ah, Isidoro, não sei mais o que fazer!”. Já
que redundavam inúteis seus esforços, assumiria de vez a condição de
renegado: nunca mais sentar numa carteira de escola, nunca mais escovar os
dentes, nunca mais tomar banho todo dia e, principalmente, nunca mais
apanhar do pai, sentir o hálito azedo de cachaça e cigarro nunca mais – adeus,
adeus, que já nada o demoveria. E, para cortar caminho, penetrou na Chácara
por um buraco na cerca, evitando topar conhecidos e desviando os lugares que
jamais iria rever, para que futicar sua dor?, não volto, pronto! No campinho,
estendeu-se no chão e, observando distraído os urubus, pontos negros quase
imperceptíveis planando por entre as ralas nuvens de setembro, mastigou os
biscoitos-de-maisena. Depois, contornou o Bairro-Jardim, cruzando ao largo
da Caixa-Dágua, e tomou o desusado atalho para o Paraíso. Na virada do
morro, recolheu-se fatigado sob os eucaliptos, lá embaixo a Industrial, a Ponte
Velha, a torre da Matriz, a Ponte Nova, a Cadeia, o esqueleto do hospital, a
Pedreira, a curva do rio imóvel – e o silêncio cerrou seus olhos. Sobressaltouo
o apito da fábrica, dez para as dez, zumbem pelas ruas enxames de
bicicletas. A essa hora, Zé Pinto cochila ao sol, sob o pé-de-amêndoa, em
frente ao botequim, mosquitos lambem as quitandas destampadas no balcão;
seu Antônio Português esfrega o passeio da Mercearia Brasil, calças
arregaçadas; cismado, Zunga se esgueira, o bloco de anotação do jogo-dobicho
enfiado no cós-da-calça, sob a camisa; Hilda do Zito Pereira refoga a
couve, manhosas meninas de nariz estilando agarradas às pernas; dona
Zulmira carrega um caldeirão-de-comida para o seu Marlindo; debruçada no
muro, dona Olga relata outra noite sem dormir, passos, conversas, latidos,
miados, pios, “Tudo incomoda, Sá-Ana, tudo, estou ficando doida!”; o pai
acorda, muda de roupa, sai atrás do Zé Preguiça e do Presidente para fazerem
nada juntos; a mãe aguarda dona Filhinha cobrir os botões de um vestidodebutante;
a molecada vagabundeia – ah, a cara deles quando souberem! A
mão explorou o embornal e descobriu, abismado, que a água entornara do
vidro, encharcando o pão-com-manteiga. Fora-de-si, levantou-se, xingou,
bicou a quaresmeira, a raiva deliberou que ainda assim marcharia. Em passos
decididos retomou o caminho, mas na primeira curva divisou, direção
contrária, um-alguém, de-branco cabeça-aos-pés, chapéu-de-palha, foice
equilibrando-se no ombro parecendo acenar para ele, lembrou, assombrado,
justo ali armara-se uma tocaia, e, esbugalhados os olhos, eriçados os pêlos,
adentrou de chofre a casa, assustando a mãe, que suspendendo um momento o
pedal da máquina-de-costura ralhou: “Ô meu filho, te procurei por tudo quanto
é canto... Onde você se meteu? Vai comer, vai, antes que esfrie”. Entendeu
como aviso o golpe – e arrumou para vender picolé com o Fábio, do BeiraRio,
que os fabricava redondos para uma fiel freguesia. Serelepe, andou, decá-
para-lá, caixa-de-isopor trançada no peito, “Aê o picolé!”, ajuntando
pratinhas, orgulhoso. Empreendedor, cruzou, confiante, o pontilhão da Ilha.
“Amendoim! Leite! Coco! Limão! Abacate!”, apregoava, distante ainda do
aglomerado de quartos, quando o abalroou o Murrudo, “Racha fora daqui,
moleque!”, “Não estou fazendo nada...”, alegou. O leão-de-chácara,
atenazando-lhe o braço, “Racha fora!”, repetiu. Escutou, então, “Faz isso com
ele não...”, desacreditando, “Pai!...”, em-vinha ele tonto, voz engrolada,
salvador. “Ô Zé, você sabe a lambança se a polícia pega um de-menor aqui...”,
o Murrudo grunhiu, “Eu sei... Deixa... que eu resolvo isso...”, afirmou o Zé
Bundinha, e virando-se para o filho berrou, “Ô bosta!, o que você está fazendo
aqui?”, “Vendendo picolé...”, “E aqui é lugar disso?, heim!?”, repreendeu-o,
sacudindo-o, “Heim!?”, “É que...”. Intimidado, quis correr, atingiu-o um
pontapé na bunda, destampando a caixa, igrejos picolés rolaram na poeira.
Ligeiro ergueu-se e, a-galope, tomou rumo do Beira-Rio, escapulindo da
torrente de gargalhadas que mordendo-lhe os calcanhares ecoava em-dentro da
cabeça. Por uns tempos negacearam, mudos, cada qual ciliciando sua falta,
até, alertado pela anarquia, “Ai meu deus do céu, esse menino ainda acaba
comigo!, Ai que não sei mais o que fazer!”, da mulher jogada no degrau da
entrada da casa, “Em tempo de levar um tiro!”, inteirar-se do distúrbio, o
Isidoro pego roubando manga no quintal do maluco do seu Simão, “Em tempo
de levar um tiro, minha nossa senhora!”, e vociferar, “Tudo tem limite! Eu
rebento esse filho-da-mãe!”. Avançou ao batente da porta da cozinha, tomou
da tala-de-couro e desatinado caçou-o, debaixo das camas e em cima dos
telhados, bradando, “Cadê o desgraçado? Cadê o desgraçado?”, até localizá-lo
encolhido dentro do guarda-roupa da Bibica, de onde arrancou-o, arrastando-o
pelo braço, “É só desgosto, esse capeta!”. Então, passou a espancá-lo, e com
tal violência que, apiedados, os vizinhos suplicaram, “Chega, Zé, Chega, que
você mata esse menino”. A dona Fatinha buscou atracar-se com ele, mas,
impelida contra a parede, esfolou braço e joelho, recolhida à cama a poder de
maracugina. Desceram Zé Pinto e Zé Preguiça e aplicaram-lhe uma gravata, e
as mulheres enfurecidas socaram-lhe a cabeça para que largasse o Isidoro,
“Solta!, Solta!”, que num átimo desapareceu.
Estropiados, os pés afundam na areia podre do braço-do-rio. O silêncio
de fim-de-tarde de dezembro só o corrói o revolteio da passarinhama em seus
curtos vôos pelas grimpas das árvores e o chuá-chuá das águas embrutecidas
que carreiam tumultuosas galhos e troncos. Ao longe, ê-ê-ê da molecada
jogando pelada, cicio das mulheres recolhendo roupa do quarador, ííin-nhô! de
uma mãe conclamando o filho, vrum de um carro, risos abafados... De coque,
Caburé cafunga, doloridos lanhos nas costas, braços, pernas, rosto.